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Eu por mim mesma.




Eu cresci por entre os livros, por trás de um óculos invisível, destes que desde sempre definem quem a gente é. Cresci amando as palavras, e com uma curiosidade tão grande pelo desconhecido que não cabia dentro de mim, de tão pequena que era. Confesso, de tão pequena que ainda sou, tem horas que não me caibo.

Escrevi meu primeiro “livro” com 6 anos. Era um caderninho que utilizava para escrever poemas, “meus poemas”, que falavam sobre coelhos, sobre flores, sobre coisas tão cotidianas quanto escovar os dentes, sobre um mundinho colorido que eu pintava da cor que queria.

Hoje, continuo escrevendo, com a mesma essência de sempre, com a alma, com o coração, com o melhor e o pior de mim, mas por inteira. O que mudaram foram os cenários, foi minha maneira de enxergar o mundo, de enxergar as outras pessoas, de enxergar a mim mesma. São tantas experiências novas dia após dia, são tantas idas e vindas, tantos silêncios que gritam por dentro, é tanto sentimento, que, ocasionalmente, precisamos de válvulas de escape. Preciso, às vezes, de mim, fugir um pouco. Eis que me vem a música, a literatura, a dança, a arte, para trazer um pouco de sintonia, harmonia e expressão à imensidão de um todo que sinto, que coexiste com as batidas de um coração, que em seu pulsar revela, como que de relance,  segredos de uma alma humana e errante, que adotou o amor como lei.


A.C.N.A

4 comentários:

Carolina Plinta disse...

Lindo, lindo de viver esse seu texto... tão profundo e verdadeiro... mais uma vez me identifico imensamente...a arte é nosso refúgio, nosso mestre e nosso cobertor....

beijos e cada vez mais luz!!! :)

Ana disse...

Muito obrigada amiga. A arte, de fato, nos renova a cada dia.

beijoos e muita luz também!

luara veloso disse...

Hoje em dia, a música é, sem dúvida, o meu principal recurso

Breno S. Amorim disse...
Este comentário foi removido pelo autor.

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Ela escrevia...

Ela escrevia...
E esquecia do mundo.

Em sintonia...