Carrossel
Houve um tempo em que fomos "nós". Um tempo em que a sede de conhecimento um do outro não nos permitia dormir. Um tempo em que tínhamos nossas músicas, nossos, planos, nossos sonhos, nossos projetos, nossos sorrisos unidos em um só.
Um tempo em que todas as estações eram primavera, ou pelo menos eram idênticas a ela, porque tínhamos um ao outro. Existia sim, uma vaga lembrança de que já havíamos atravessado outros outonos e invernos sozinhos, Mas era apenas uma "vaga lembrança".
Um tempo em que todas as estações eram primavera, ou pelo menos eram idênticas a ela, porque tínhamos um ao outro. Existia sim, uma vaga lembrança de que já havíamos atravessado outros outonos e invernos sozinhos, Mas era apenas uma "vaga lembrança".
Agora éramos as “flores”, lindas, vivas e alegres, iguais aquelas que Edward emendara com fita brilhante e me fizera um cordão. Estaríamos unidos para sempre. Acho que talvez em um momento que se chamava assim.
Um tempo em que a distância que existia entre nós era justamente o elo que nos unia. Um tempo em que trocávamos cartas e mais cartas através do olhar. Palavras, ainda que possuíssem muitas letras, eram pequenas demais para descrever sentimento assim. Mas isso foi há um tempo, há um bom tempo, no tempo em que éramos nós.
Um tempo que nos fez esquecer daquelas "vagas lembranças", mas que agora vaga lembrança também se tornara.
Prova maior de que tudo passa, de que estamos passando, de que talvez tenhamos acabado de passar, um pelo outro, quem sabe, numa dessas curvas da vida que se repetem sem fim.
A.C.N.A
A.C.N.A
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Máquina do tempo.
"As estrelas são todas iluminadas ... Não será para que cada um possa um dia encontrar a sua ?"
(O pequeno príncipe).
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Introspectiva(mente)...
De inútil que é a discutir com outras mentes, optou por escrever, e pelo silêncio, e pelo grande barulho que este provoca dentro de si mesma.
Porque é tão díficil montar um quebra-cabeças com as peças que cada um possui .... Porque no espelho, encontra quem mais lhe conhece...
E de tanta intimidade, ora transforma-se no que escreve, ora escreve o que a descreve.
A.C.N.A
Ela escrevia...

E esquecia do mundo.
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