Gaiola, sua liberdade.
Ela foi embora, levando tudo seu que podia levar, quase que como um vendaval. De "tudo", ainda sobrou um pouco de esperança, o resto, nem encontrou.
Mariana era livre, precisava de liberdade, era tudo que sabia sobre si. Foi quando desfez suas malas, fez-las novamente e partiu. Sempre estava indo e vindo de algum lugar. Necessitava partir novamente, à procura da felicidade ou sabe-se lá do quê, alguma coisa tinha que encontrar.
Acontece que sempre que partia não chegava a lugar algum. Faltava-lhe alguma coisa, algum pedaço deixado pelo caminho. Impossível não deixar nada. De tanto ir e vir, já havia deixado demais.
Mas partia mesmo assim, não olhava para trás. Ninguém a prendia, nem mesmo quem lhe pedia pra ficar. Tal sentimento era tão intenso que precisava vivê-lo sozinha, bem longe, livre de quaisquer amarras, sem destino, como o ar.
Não percebera que estaria sempre presa e que a qualquer lugar que fosse, seria sempre assim. Andariam sempre juntas, ela e sua liberdade, gaiola de quem tanto temia, gaiola que ela própria construiu.
A.C.N.A
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Máquina do tempo.
"As estrelas são todas iluminadas ... Não será para que cada um possa um dia encontrar a sua ?"
(O pequeno príncipe).
...

Introspectiva(mente)...
De inútil que é a discutir com outras mentes, optou por escrever, e pelo silêncio, e pelo grande barulho que este provoca dentro de si mesma.
Porque é tão díficil montar um quebra-cabeças com as peças que cada um possui .... Porque no espelho, encontra quem mais lhe conhece...
E de tanta intimidade, ora transforma-se no que escreve, ora escreve o que a descreve.
A.C.N.A
Ela escrevia...

E esquecia do mundo.
2 comentários:
Ótimo texto!
Obrigada!
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