...

Disco furado.




A história se repete.
O disco tão arranhado,
transmite ainda o som furado,
que dilacera em desalento.
Não o mesmo coração, agora um outro,
um outro bobo apaixonado.

Quem antes via de baixo,
de cima agora  observa.
Algumas coisas não mudam,
por todo o sempre se conservam.

A gente cresce e o disco fica,
a gente esquece e segue em frente.
Um dia a música toca e lembra a gente,
de um tempo antigo,
onde o disco hoje arranhado,
rasgava também a gente.

As coisas são assim mesmo,
talvez assim tenham que ser.
A  gente muda, o tempo passa,
e o disco antigo e arranhado,
embora uns dias lembrado,
permanece todo sempre guardado
no fundo de uma velha caixa. 

A.C.N.A

4 comentários:

Ellys Soares disse...

As memórias regem a nossa vida...

Prima, lindo esse texto!

Ana disse...

Com certeza prima, vivemos de memórias. Como bem explicita a música (impossível) de Biquíni, "Tudo que morre fica vivo na lembrança, como é difícil viver carregando um cemitério na cabeça".

Obrigada pela presença! :*

Carolina Plinta disse...

Ameeeeeeeei, amei essa nostalgia de disco arranhado, caixa velha.... lindo, lindo texto!!! Parabéns!!!!

Ana disse...

Obrigada Carol.

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Ela escrevia...

Ela escrevia...
E esquecia do mundo.

Em sintonia...