Há de brotar.
Entregava uma flor, sempre que conhecia alguém. Alguém que, de longe, valesse o sorriso estampado e o verso simples. No entanto, não fazia mais nada. Nada além de cuidar do que lhe restara: do jardim e das outras flores. Das que chegavam de vez em quando, das que plantava, e das que nasciam sem que percebesse. No mais, já havia plantado a semente. Esperava brotar ou deixava murchar, porque apesar de gesto simples, suas flores, eram pouco do muito que lhe restara, um verdadeiro complexo de beleza e dor. Seu jardim, que já não vinha tão florido, era sagrado, e desprender-se de uma flor era gesto sublime, coisa rara. A flor que entregava, era menos de si em si mesma e mais de si para o mundo. Retalhar-se em fragmentos, mais parece dor sem fim. Mas, se a flor que entregava brotava no coração de alguém, então, milhares de outras flores surgiam no caminho. Porque parece controvertido, mas amor que é dividido e cultivado, há de brotar, ainda que não se entenda, ainda que de forma imperceptível, como que flor do campo, no coração de alguém.
A.C.N.A
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Máquina do tempo.
"As estrelas são todas iluminadas ... Não será para que cada um possa um dia encontrar a sua ?"
(O pequeno príncipe).
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Introspectiva(mente)...
De inútil que é a discutir com outras mentes, optou por escrever, e pelo silêncio, e pelo grande barulho que este provoca dentro de si mesma.
Porque é tão díficil montar um quebra-cabeças com as peças que cada um possui .... Porque no espelho, encontra quem mais lhe conhece...
E de tanta intimidade, ora transforma-se no que escreve, ora escreve o que a descreve.
A.C.N.A
Ela escrevia...

E esquecia do mundo.
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