Quando eu não entendi o outro.
A distância entre o pensar e o agir está mais próxima do que imaginamos. Entretanto, ignorando completamente essa realidade, costumamos acreditar que todos aqueles acontecimentos desastrosos, alarmantes, ditos “escândalos” que acontecem com o próximo estão bem distantes de nós, que jamais aconteceriam conosco.
Uma palavra pronunciada, uma ação ou até mesmo uma omissão podem mudar completamente o rumo de nossas vidas e da vida de outras pessoas. Três pequenas atitudes, mas, valorativamente de imensa importância fariam grande diferença se seguidas: ouvir, pensar e agir, sequencialmente.
Acontece que nem sempre encontramo-nos em perfeito equilíbrio interior quando somos solicitados a tomar decisões ou realizar ações que, de inicio se mostram simples, mas que assumem conseqüências, proporcionalmente falando, devastadoras. Efeitos da falta de sorte, destino, desatenção, para uns. Eu iria mais além: resultado da própria condição humana que possuímos. Seres humanos, passíveis de erros, que trazem consigo um conjunto de experiências, de valores, de sonhos, de decepções que os tornam únicos para si, e tão iguais aos olhos do mundo. Acredito encontrar-se aí o grande problema da humanidade: a generalização das condutas humanas, a credulidade ingênua de que todas as pessoas são iguais, e a “surpresa”, quando descobrem que não o são.
Difícil é não fazer um julgamento de valor quando nos deparamos com situações impactantes, com atitudes desabonadas pela sociedade. Fácil é reclamar, repudiar. Difícil é analisar, entender o contexto em que o outro é inserido. Fácil mesmo é acusar.
Diante da impossibilidade de adentrarmos no território que é próprio de cada ser e em meio a tantos questionamentos sem respostas, a opção pelo silêncio.
A.C.N.A
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Máquina do tempo.
"As estrelas são todas iluminadas ... Não será para que cada um possa um dia encontrar a sua ?"
(O pequeno príncipe).
...

Introspectiva(mente)...
De inútil que é a discutir com outras mentes, optou por escrever, e pelo silêncio, e pelo grande barulho que este provoca dentro de si mesma.
Porque é tão díficil montar um quebra-cabeças com as peças que cada um possui .... Porque no espelho, encontra quem mais lhe conhece...
E de tanta intimidade, ora transforma-se no que escreve, ora escreve o que a descreve.
A.C.N.A
Ela escrevia...

E esquecia do mundo.
8 comentários:
Aninha, você conseguiu resumir em poucas palavras uma porção de sentimentos que nos assolam, nos assombram e nos perseguem. Resumindo todo eles em um só, no "medo". Julgamos a todos, mas tememos nosso próprio julgamento! Me vi aí dentro, e a todos nós! Lindo
Obrigado Werona. Concordo com você. "julgamos a todos, mas tememos nosso próprio julgamento".
Precisamos ouvir mais, pensars antes de falar e só depois agir. Aprendi isso com vc.
Amiga, fico lisonejada em poder contribuir com algo de bom em sua vida, e na vida de outras pessoas.
um beijo, A.C.N.A
Filha, muito importante, este questionamento que você levantou. O conhecimento que se guarda para sí é um conhecimento morto. Mas quando compartilhado, ganha vida.
beijos.
Não canso de ler... não canso de aprender... lindo!
Se as pessoas procurassem compreender a verdade do outro, quase não haveriam discórdias. Compreender e Respeitar...
Obrigado Werona, sua presença é muito importante.
É verdade Carolina, muitas coisas poderiam ser evitadas. :/
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