...

Quando eu não entendi o outro.



A distância entre o pensar e o agir está mais próxima do que imaginamos. Entretanto, ignorando completamente essa realidade, costumamos acreditar que todos aqueles acontecimentos desastrosos, alarmantes, ditos “escândalos” que acontecem com o próximo estão bem distantes de nós, que jamais aconteceriam conosco.

Uma palavra pronunciada, uma ação ou até mesmo uma omissão podem mudar completamente o rumo de nossas vidas e da vida de outras pessoas. Três pequenas atitudes, mas, valorativamente de imensa importância fariam grande diferença se seguidas: ouvir, pensar e agir, sequencialmente.

Acontece que nem sempre encontramo-nos em perfeito equilíbrio interior quando somos solicitados a tomar decisões ou realizar ações que, de inicio se mostram simples, mas que assumem conseqüências, proporcionalmente falando, devastadoras. Efeitos da falta de sorte, destino, desatenção, para uns. Eu iria mais além: resultado da própria condição humana que possuímos. Seres humanos, passíveis de erros, que trazem consigo um conjunto de experiências, de valores, de sonhos, de decepções que os tornam únicos para si, e tão iguais aos olhos do mundo. Acredito encontrar-se aí o grande problema da humanidade: a generalização das condutas humanas, a credulidade ingênua de que todas as pessoas são iguais, e a “surpresa”, quando descobrem que não o são.

Difícil é não fazer um julgamento de valor quando nos deparamos com situações impactantes, com atitudes desabonadas pela sociedade. Fácil é reclamar, repudiar. Difícil é analisar, entender o contexto em que o outro é inserido. Fácil mesmo é acusar. 

Diante da impossibilidade de adentrarmos no território que é próprio de cada ser e em meio a tantos questionamentos sem respostas, a opção pelo silêncio.


A.C.N.A

8 comentários:

Werona Oliveira disse...

Aninha, você conseguiu resumir em poucas palavras uma porção de sentimentos que nos assolam, nos assombram e nos perseguem. Resumindo todo eles em um só, no "medo". Julgamos a todos, mas tememos nosso próprio julgamento! Me vi aí dentro, e a todos nós! Lindo

Ana disse...

Obrigado Werona. Concordo com você. "julgamos a todos, mas tememos nosso próprio julgamento".

Bela disse...

Precisamos ouvir mais, pensars antes de falar e só depois agir. Aprendi isso com vc.

Ana disse...

Amiga, fico lisonejada em poder contribuir com algo de bom em sua vida, e na vida de outras pessoas.

um beijo, A.C.N.A

Unknown disse...

Filha, muito importante, este questionamento que você levantou. O conhecimento que se guarda para sí é um conhecimento morto. Mas quando compartilhado, ganha vida.

beijos.

Werona Oliveira disse...

Não canso de ler... não canso de aprender... lindo!

Carolina Plinta disse...

Se as pessoas procurassem compreender a verdade do outro, quase não haveriam discórdias. Compreender e Respeitar...

Ana disse...

Obrigado Werona, sua presença é muito importante.
É verdade Carolina, muitas coisas poderiam ser evitadas. :/

Postar um comentário

Ela escrevia...

Ela escrevia...
E esquecia do mundo.

Em sintonia...