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Rumo à mecanização

Vivemos uma era que “necessária” se faz a artificialidade. Sorrisos afetuosos, simpatia ao extremo, soluções, ao invés de problemas.  O mundo não é celetista, seus habitantes é que são. As pessoas felizes, “bonitas” e bem sucedidas são as únicas interessantes, dignas de serem amadas.  Diante de tudo isso, recai sobre nós, ou pelo menos sobre alguns de nós, o interminável questionamento do que realmente seja o amor.  Será que realmente estamos falando dele ou simplesmente de mera conveniência? Buscamos no outro aquilo que geralmente não encontramos em nós mesmos, mas que fingimos com todo afinco também possuirmos. É interessante observar que direitos humanos são violados, mesmo que indiretamente, a todo o momento. Às vezes nem “percebemos”. Somos muito “ocupados”. Estamos sempre dispostos a ouvir: coisas de nosso interesse. Mas não queremos escutar, quando o outro precisa de nós. Ninguém quer o fraco, nem como amigo, nem mesmo como companhia. Difícil descobrir quem realmente é o forte. Talvez nunca saibamos. Somos solicitados à perfeição, ou pelo menos a “aparência” à esta. Cada vez se tornam mais freqüentes as dissoluções de relacionamentos. Amizades se perdem em meio às adversidades. Acredito, conseqüência da própria artificialidade que nos é imputada pela sociedade. O problema, é que um dia as cortinas se fecham, e as máscaras acabam caindo. Sinceramente, ninguém é “perfeito”. A questão, é que os valores e a espontaneidade estão se extinguindo em meio a tanta indiferença. E a única conclusão de tudo isso, talvez, seja aquela que justamente não queremos aceitar: a de que estamos buscando e nos tornando máquinas, não pessoas.  

A.C.N.A

5 comentários:

Carolina Plinta disse...

Depois do Sol nascer e dormir muitas vezes, eis que entrei no meu quase abandonado blog e vi seu recadinho, que me aqueceu o coração. Também senti muita falta desse lugar luminoso de aprendizado mútuo.

"As vezes pra ser feliz é preciso ter péssima memória".

... li essa frase em um dos seus últimos textos,lindos por sinal. Ela se relaciona um pouco com minha ausência. Estive num processo interno de readaptação com a realidade da vida e com minha própria verdade. Ter péssima memória teria me ajudado muito, mas o momento foi de reflexão, um mergulho no passado em busca da direção certa.

Também espero que esteja sempre bem e agradeço muito o cuidado. Andei rabiscando algumas coisas em pedaços de papéis coloridos, mas preciso organizá-los hehe

Fiquemos sempre bem! Obrigada por tudo e muita luz.

Um beijo.

Carolina Plinta disse...

Também gostei muito deste.

"Buscamos no outro aquilo que geralmente não encontramos em nós mesmos, mas que fingimos com todo afinco também possuirmos."

Infelizmente às vezes me identifico com essa frase, cobro de certas pessoas aquilo que eu não seria capaz de fazer e/ou aceitar. Se colocar no lugar do outro é realmente um lado muito importante a ser trabalhado. =/

Quanto aos sorrisos artificiais, às vezes me sinto uma "maquininha" no meu trabalho :s Tenho que sorrir pra todos e nem sempre tenho vontade...

Enfim... hehe

Parabéns!!!

Ana disse...

Carolina, as vezes realmente precisamos "fazer uma faxina na desordem" que existe dentro de nós mesmos, pra colocar as coisas no seu devido lugar. Fico muito feliz com seu retorno e aguardo ansiosamente por novos textos seus, que me fazem muito bem por sinal.

obrigado pelos comentários, por sua opinião, por sua presença e pelas lindas palavras!

muita paz, e muita luz!

Ellys Soares disse...

Prima q blog lindo! E olha q eu nem sabia q vc tbm era apaixonada pelas letras em forma de sentimentos.
Agora sei pq te adoro tanto...
A sua "Brígida" é a minha "Scarlet"

Tô coladinha aqui em vc.

bjão

Ana disse...

Ha, obrigado prima. Pois é, também não sabia que você gostava de escrever!

Agora seguindo tambem!

beijo bem grande!

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Ela escrevia...

Ela escrevia...
E esquecia do mundo.

Em sintonia...