...

Quando falei da carência afetiva.


Não entendo o porquê do tamanho receio à solidão. Como não gostar da própria companhia? Nos dias de hoje, a frase "estou sozinho" parece que pesa, que é sinônimo de fragilidade, de abandono. Tenho me deparado diariamente com muitos olhares perdidos, e desesperados, por sinal. Nas ruas, nas esquinas, nas janelas, dentro dos carros, na padaria, em todos os lugares! Com frases nas quais as pessoas afirmam estar sozinhas por opção, e se proclamam felizes, mas que na verdade gostariam de gritar ao mundo o quanto se sentem sós. Com pessoas que simplesmente não conseguem ficar sozinhas em momento algum, que forçam amizades à  todo custo e até adentram em qualquer relacionamento apenas pelo fato de "estar em um relacionamento", porque em sua própria companhia sentem-se mal acompanhadas. Parece que estão sempre à procura  de alguém que as complete, ou pelo menos  que lhes retribuam um olhar, que lhes ofereçam um sorriso. A que condição humana chegamos? Até quando subsistirá a incessante busca pela outra metade que nós falta? Realmente nos falta algo? Acredito que se existe alguma coisa faltando por aí, sejam o amor próprio, o respeito e a fé, tão indispensáveis ao convívio com o  “eu” que existe dentro de cada um de nós.


A.C.N.A

1 comentários:

Carolina Plinta disse...

MUITO bom esse texto tbm.... adorei! As pessoas precisam aprender q nós somos nossa melhor companhia... ate pq a pessoa q mais nos ama, tirando Deus, é nós mesmos... mas parece q a felicidade sempre está associada a alguma outra pessoa... =/

Postar um comentário

Ela escrevia...

Ela escrevia...
E esquecia do mundo.

Em sintonia...